sábado, 30 de abril de 2011

O amor está além das banalidades

Quando meu peito está amargurado, amarga o meu paladar, o meu tocar, o meu sentir, fica difícil distinguir as coisas, ao ponto de me isolar da minha sanidade de uma maneira que nem um doce mais doce é capaz de abrandá-lo, adoçá-lo por pouco que seja. Ela é irremediavelmente obstinada, determinada a não ceder no impulso do pulso, pulsante momento, calor e calafrio delirante, insano, por não cessar. Eu luto para me orgulhar ao negar a mim mesmo por temer que ao ceder, meu coração seja sumariamente, impetuosamente, dilacerado por um coração corrompido pela ganância de um ser funesto de consciência e reciprocidade. Por temer que minha alma venha a declínio! Mas aí depois de tanto eu temer, se faz necessário que surja o meu antídoto, a minha oportunidade de querer continuar ou não vivendo, interagindo, ao despertar o que está intrínseco no viver, ressurgir, sobreviver do homem, quando um estalo da na minha essência clama por liberdade e oxigenação cerébral. E ai eis que surgem as almas afins. Elas surgem com o propósito de renovação, compartilhar e não temer ao me encontrar ou ao encontra a si; encontrar-se solitário por entre pessoas ou ao estar só em um ambiente em tempo integral, é se permitir novamente a novas trocas de fluidos, pois esses são genuínos, cristalinos. Um beijo seco não perpetuará se em seu néctar essencial o amor lá estiver, ele irá deleitar-se no lábio e na saliva de quem o receberá e explodirá numa química protéica, perfeita, me energizando devidamente e distribuindo-se para todos os complexos do meu corpo, o que irá me revigorar em meus pontos vitais, que conseqüentemente, equalizará na reabilitação do meu nobre coração de tanta emoção ao refrescar-se na pura essência do adocicar, extraído do néctar do amar, do amor arborizado em um sucessivo ressurgir, renovar. A fênix lá estará e para sempre me acompanhará na outra vida que se iniciará, na hora que se atenuar, lá ela permanecerá e se equalizará na alma e no meu peito, por escolha, que lá ela permaneça , para reencontrar o amor adormecido que lá ressurgirá consigo e conseqüentemente estender-se-á à pessoa amada.
Flávio Roberto Sobral Delga

2 comentários:

  1. Sobre http://mente-hiperativa2.blogspot.com/2011/05/profunda-tristeza.html :

    E quando a pessoa ja tentou TODAS as formas possiveis de dialogo?

    E quando ja abdicou de todo o orgulho? Quando ja engoliu todos os sapos? Assumiu todas as culpas? Já ouviu todos os absurdos de cabeça baixa?

    E quando a pessoa ja revidou e nao funcionou? Depois ficou calada e nao funcionou? Depois fugiu do problema e nao funcionou? Depois encarou o problema e nao funcionou?

    E agora? O que faz uma pessoa dessa?
    Eu NÃO sei mais o que fazer!

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