terça-feira, 13 de julho de 2010

Sociedade vamos civilizar!


Como será lutar por emancipação para ser incluído socialmente? Muitos lutaram: judeus, negros, gays, lésbicas, soropositivos, deficientes físicos e mentais, idosos, artistas, filósofos e mulheres. Nesta odisséia de um paradoxo infame, vemos e ouvimos a exterioridade um do outro, ao qual nos limitamos a enxergar, cultuamos e exaltamos o superficial durante todo o percurso da nossa história. Já estereotipado pelas premissas, têmperas predispostas a intempestividades de expansão, propagadas por aqueles que supostamente iriam em busca de uma saída para melhoria de seus povos . Mas aos maquiavélicos proponho um brinde à inconseqüente sistemática do nosso ser, pois as mentiras mais descabidas tinham em sua posse para uso pessoal as penalizadas máscaras. As máscaras, por sua vez, só tinham os cabides que esporadicamente eram usufruídos. Pois quando retiradas, as máscaras, face suposta dos seus donos, os denominados intimamente por canastrões, elas necessitariam de uma boa e confortável engenhoca de recantos adaptais para sua suspensão e auto manutenção, provocada pelo relaxamento após cada atuação desprovida de motivos festivos e artísticos. Hitler foi um exemplo em escala maior de uma fatídica combinação de alterego com estupidez plásmica. Indagável por aqueles que brindaram em suma liberdade de concórdia para com a sistemática insanidade de um tirano impetuoso. Com uma quase inexpressível superficialidade recenseada para beira do abismo. Se não fosse os inúmeros cadáveres empilhados uns sobre os outros, por soldados feitos, manipulados e alienados para matar, formados pelos próprios progenitores que os enchiam de entusiasmo citando Hitler como um líder impecável, patriota e aniquilador dos supostos profanadores da raça caucasiana. E como resultado, centenas de milhares de pessoas, que nunca ergueram uma ofensiva, foram dizimados pelo simples fato de existirem. Os negros por sua vez também foram marcados pela escravidão, e que ainda hoje enfrentam, as intermináveis investidas camufladas para uma socialização pendente . Como intermediário a lei de cotas estabelecida pela soberania. Gays e lésbicas se contradizem, amam, traem e não estão imunes ao ciúmes e ao narcisismo. Se isso for ser anormal, vamos comemorar, pois este é o estado de espírito encontrado nas naturalidades focais em indeterminadas situações, sejam elas objetivas ou subjetivas nas afetividades conjugais e extraconjugais ao falarmos sobre as opções sexuais de cada individuo que não seja condizente com a suposta moral e os bons costumes, já desprovidas de nitidez e avidez em pleno século 21. Esses são os momentos anais da vida e o resto é só banana e manga. (Mas como em toda lei tem uma exceção; entre as mangas tem uma que é espada dentre tantas outras que não são. E entre as bananas tem uma que é “maçã”, a mãe de todas as frutas.) Do atrito entre dois gravetos se produz fogo. E quando um lábio encontra o outro a resposta vem ao sentirmos o aquecimento do corpo. E sendo assim presumo que não é de que forma acontece ou formato para que determinasse o desejo de um fruto pelo outro, e sim, a sua química protéica orgânica de aceitação para uma fluente digestão dos nutrientes emudecidos, encharcados pela insaciável sede da paixão e conseqüentemente, a vontade de moradia compartilhada e com a convivência uma eterna alquimia se procede na formação de um amor complementar por toda instância ao deleitar em suas graças e reciprocamente receber na mesma medida os gracejos de amor que com o tempo vão sendo aperfeiçoados. Um conto, um canto de dois pilares do nosso Rock nacional, que inspiravam e exalavam liberdade, autenticidade e oxigenação cerebral foram abraçados sutilmente e com a implacabilidade dá vírus fera do HIV. E com uma irremediável, mas momentânea, sensação de desamparo e horror, Cazuza e Renato Russo ergueram-se e revigoraram-se pelo amor a música e para imortalidade de uma nova concepção de sociedade em prol das idealizações políticas e da quebra dos paradigmas de como agir para ser aceito em sociedade.



Flávio Roberto Sobral Delgado

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