domingo, 2 de janeiro de 2011

Sem distinções e sem momentos específicos para acontecer e aprender


O que as mulheres e os homens querem independentemente da etnia, valores morais e éticos, religião, sexualidade, e se é deficiente físico ou não? A resposta é renovação de prioridades e desejos. Por que é tão difícil identificar isto? Mas o que há de tão complexo nisso para entender? Por que sempre perguntam o que as mulheres querem?
– acessibilidade, respeito, dinamismo e igualdade no mercado de trabalho, assim como os adolescentes do sexo masculino que estão iniciando no mercado de trabalho, igualdade para com todos os demais que anseiam pelo mesmo direito de ir e vir, trabalhar, lazer, comer e ter casa para poder dormir, sossegar. Fora isso, renovação de prioridades e desejos, inconscientemente ou não...
Como definimos estes tipos de anseios e inquietudes: sair da rotina. Sair da rotina, literalmente, por longo prazo é impraticável, pois com o tempo tudo se torna rotina. Mas para mim, a pergunta certa a se fazer é: será que o problema de todos nós é a rotina ou a má administração do nosso tempo? Por que quem administra mal o seu tempo conseqüentemente não observa com atenção o que está em si mesmo e o que esta a sua volta. Como conseqüência dessa correria, começamos a contar com o ovo antes mesmo da galinha colocar. Há dois momentos da vida que ressaltam bem o que estou a lhes dizer: ano novo ( prioridades e desejos) e a gravidez, onde os desejos, na maioria das vezes, viram prioridades. Mas porque só enxergar o que as mulheres e todos nós queremos especificamente nessas datas? Fim de ano, término de um ciclo, inicio de outro; ao ter um bebê desejos incontroláveis e prioridades a serem sumariamente efetuadas em ciclo intermináveis, mais que sempre se renovam. Como dizia o nosso grande poeta Cazuza: “as mães parem duas vezes, uma quando agente nasce outra quando agente cresce”. Mas tenho para mim que estes momentos também servem para nos ensinar a enxergar um pouco mais além do que se pode ver e pegar de forma óbvia, serve para nos parar e refletir sem nos afligirmos com as horas, minutos e segundos. Serve para nos mostrar que o tempo é nosso melhor amigo, não para esquecer das adversidades, problemas das nossas vidas, mas sim para aprendermos, aperfeiçoarmos e ensinarmos que não é apenas no ano novo ou numa gravidez que devemos parar para oxigenar, inspirar e relaxar o nosso cérebro, a nossa alma, e conseqüentemente, apreendermos a ser mais receptíveis, perceptíveis com nós mesmos e para com os outros e as outras coisas que em conjunto formam um elo para novas descobertas.


Flávio Roberto Sobral Delgado

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