quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Emancipação comportamental


Por que nós humanos sempre sonhamos em ter asas? Se mal sabemos andar com as nossas próprias pernas!? Sempre estamos querendo nos assegurar que ao cairmos vai ter alguém que nos ampare e amenize os nossos sofrimentos. Caso não encontre alguém por perto simplesmente telefonamos, não importa a distância, sempre temos um meio de nos comunicarmos. Aos pássaros que tem a liberdade de voar, compete a eles estar a mercê da própria sorte. Ou seja: a responsabilidade de lidar com o imprevisível e com a vulnerabilidade que um longo vôo pode lhes acarretar, está entre viver ou morrer longe de casa e sem nem um outro pássaro para o socorrer. Pois nas raras aproximações de outros pássaros na maioria das vezes é para comer o que está ferido, ou simplesmente espezinhar. E estas belas criaturas, mesmo com um pequeno cérebro, do tamanho de uma cabeça de alfinete, sabem se equilibrar, andar e voar, isso sem falar naqueles que também sabem mergulhar e imitar outros pássaros na hora de assobiar, cantarolar e às vezes até reproduzir a fala. E a eterna luta por sobrevivência, o amor pela vida.

Você imagina aonde se canaliza a diferença de uma ave e de um homem no avanço das suas aptidões e pelo amor à vida?

A diferença está no uso total do cérebro e dos estímulos coerentes e sucintos para o seu amadurecimento, sem a intervenção de segundos e terceiros. Isso acontece porque eles são movidos por puro instinto, e quanto a nós temos que adaptar os nossos instintos em comunhão com a nossa quase que extinta racionalidade. E o pior que ao contrário das aves, a nossa formação na maioria das vezes vem com as intervenções de segundos e terceiros... E com esse excesso de pessoas dando palpite fica difícil de se chegar a um consenso, para uma sucessiva coerência, entre razão e instinto. Pois quando nasce uma ave a mãe o protege nos primeiros meses de vida, e após isto ela o prepara para que eles saiam debaixo das suas asas. Para que eles aprendam a lidar com as suas próprias vidas. E quanto a nós, além das nossas mães terem que ouvir as intervenções dos familiares e as vezes de conhecidos, as crianças por sua vez não tem os estímulos coerentes, harmonizados para que posteriormente façam com que eles recordem e assumam cronologicamente o que lhes foi ensinado, com por exemplo, os bons hábitos na hora de comer e de se instruir ou ser instruído intelectualmente. E a conseqüência dessa fatídica absorção de informações que nos é passada de geração em geração vai se acrescentando e adaptando - se de acordo com a época e as atitudes em massa; sem freio e discernimento. Nos tornando, percentualmente mais passionais e incrédulos na emancipação do equilíbrio, entre passional e racional. E com isso, criamos tabus em relação a identidade, personalidade, comportamento... E com isso sucessivamente não tendo o controle sobre a própria vida. E ficamos sujeitos a cometer excessos, seja pelas personalizações estéticas superficiais e banalizações dos sentimentos e de todos os gêneros e suas vertentes. E as famílias, pessoas tornam-se uma releitura uma das outras mais cada uma com as distintas peculiaridades, quase que indistinguíveis, imperceptíveis fazendo com que as mães e os filhos fiquem dependente, um do outro, mais do que deveria ser. E as vezes até se enraizando no relacionamento marido e mulher, namorada e namorado , e por fim, amigos.
Observação: não estou afirmando que esse tipo de relacionamento corriqueiro seja de todo mal, estou apenas fazendo um alerta para que nossos futuros adultos tenham uma vida ampla, plena e segura do melhor para cada uma delas. E para que todos saibam que a sua e a minha felicidade está dentro de cada um de nós. A reconhecemos, a partir dos nossos encontros com nos mesmos, reavaliando tudo que aprendemos tudo que temos para aprofundar do que já aprendemos e assim sucessivamente. Saber nos respeitar, valorizar, reconhecer sinceramente as nossas aptidões e nunca jamais, com falsas modéstias. Pois nós não precisamos de muletas e sim de pessoas, umas interagindo com as outras; sem aquele velho peso na mente de uma depender da outras. Mas apenas estar juntos, para nos complementar, integrar, compartilhar das suas e com a das outras pessoas a felicidade de aprender amar, respeitar, contribuir, colaborar, doar, surpreender com si mesmo, não sentir inveja e desdenhar do outro, enfatizar um sentimento pela pessoa amada e assim a vida segue seu curso; mais cada um no seu cada qual. As pessoas tem o ritmo, tempo equalizado em si, não lamentes; e se lamentares não o eternize, pois irás aprender assim como todos os outros, mais cada um no seu tempo.

Incentive seus filhos o quanto antes a terem bons hábitos alimentares e intelectuais... Como por exemplo o incentivo a leitura; pois o quanto antes o habituares, mais sedo se solidificara em um hábito comum, e que refletirá com bons resultados na fase adulta. Pois o que passas para teus filhos sejam elas boas ou mas, irá refletir na fase adulta. Com esses cuidados grandes problemas podem ser evitados. E umas das coisas mais importantes, ter conhecimento, nem que seja apenas um conhecimento parcial da personalidade do seu filho(a)... Pois assim poderás observá-lo de uma forma ampla e contundente, o entendendo ainda melhor; para que na hora que fores por os pontos nos is não aja desordenadamente equívocos sucessivos, provocando sucessivamente uma sobre carga e subdividindo-se em desgastes emocionais desnecessários corriqueiramente.



Flávio Roberto Sobral Delgado
PAZ, LUZ e LUCIDEZ

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