terça-feira, 29 de junho de 2010

Excentricidade do surrealismo




Alma na vertical, espírito na horizontal... De tal forma essa suposta descronissidade se aplica na minha cronológica psiquê da visualização do horizonte. Mas que de fato procede harmoniosamente coerente, ao eu olhar para meu eu. Esta visualização do horizonte é a exteriorização da personificação de que me observo de fato (é uma confirmação da qual eu há tanto tempo procurava de que eu realmente me propus a fazer auto-análise diariamente ). Não me limitando ao supérfluo da exterioridade de nada e nem de ninguém, mais confirmando que quando me olho busco, afundo nos recônditos da minha alma, a razão pelas minhas buscas e de que forma elas se originam, além do óbvio. Para que na minha auto observância e sucessiva ampliação de todos os meus sentidos se conectem numa propagativa circunferência de ação e reação impar, para uma personificação genuína e surreal de estar mais próximo de si. Que é simbolizado pelo horizonte e não apenas visualmente, e sim mais aprofundado no meu próprio além de ver e sentir. Mais que mesmo em si e com a mesma proposta, se eu for melancólico nesta hora minha alma irá pendulasse, e pousará freneticamente na horizontal e meu espírito ficará na vertical ... E havendo esta inversão, a única sensação será a impossibilidade da lembrança de tudo que eu vivi, vi e ouvi antes de subir na montanha a qual eu mesmo construí. E como conseqüência, meus momentos de sanidade ficarão cada vez mais escassos e tornando o ambiente cada vez mais propicio ao asfixiamento da razão e dando espaço para uma infrutífera árvore de reflexão, e que quando me dei “conta” mesmo preso por uma corda o meu horizonte só era de discórdia. Entre a realidade e o teatro de sombras um insano grito ecoava sonorizando Jerônimo. Meu coração petrifica momentaneamente, mais ao sentir essa sensação milimetricamente falando, rapidamente tenho lapsos para mais volátil e precisa busca para realidade que se desfazia rumo ao total esquecimento. Pois já viste alguém em pânico lembrar da sua própria proeza ao encontrar uma agulha no palheiro, ou de sair de um pesadelo quando o mesmo era real... Não se dando conta de que a corda não o aprisionava mais o libertava com um fio da espessura de um barbante esperançoso para um lapso de sanidade dá quele que mantia-si suspenso na mesma . Esse filamento de corda jamais romperia a não ser que o pendulado a cortasse. Não deixe que o desespero lhe consuma, mantenha-se energizado e seu estado de espírito lhe conduzirá a reflexão, como na visualização do seu horizonte, se tornando cada vez mais condizente com suas atitudes para com você mesmo e o próximo e nas suas buscas nessa longa estrada. Pois nunca troque o horizonte pela tenebrosa visão perpendicular de um abismo que seja desprovida de razão.





Flávio Roberto Sobral Delgado



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