terça-feira, 3 de agosto de 2010

Carta para um amigo


Por nada meu querido.
Só para constar a sua própria pessoa o quanto eu gosto de você!! Sem piadinhas e sacanagens, pois é a pura verdade. Temos muito a conversar, mas te asseguro que os motivos da minha ausência não são ligados primeiramente a você, mas a mim mesmo. Em alguns momentos pensei em não procurar mais por você. Só que percebi que você por si só, mesmo que não tivesses nada, inclusive aonde morar, ainda assim eu o amaria e gostaria da mesma forma que hoje, sem tirar e nem por. Eu sempre soube disso, mas diante das atuais circunstâncias tive que me abrir para adentrar na minha própria pessoa e rever todos os momentos que passamos juntos, para só assim poder reafirmar os sentimentos já existente, que apenas estavam adormecidos. E desta forma, mostrei para meu eu que esta amizade que tenho por ti não é uma mera amizade, e sim, a concretização de um sonho de ter um irmão como sempre desejei durante a minha infância. São por esses motivos que não admito ambigüidade e falta de esclarecimentos a respeito de quaisquer que sejam as eventualidades e por mais pertinente que sejam . Para continuarmos juntos como sempre estivermos temos que assumir sumariamente este compromisso de fidelidade no companheirismo claramente imune a suspeitas de ambas as partes. Pois te digo de antemão que se falei algo a seu respeito quando não estavas presente nas nossas reuniões com Renata e Erika foi algo relacionado ao seu comportamento, para que beneficiasse a você e conseqüentemente a todos nós para um melhor convívio possível. (E começasse a reavaliar seus conceitos sobre o que é realmente importante para sua vida). Pois será que realmente vale a pena ter dez amigos só para a farra e nem um para contar verdadeiramente quando se precisa? Embora este amigo que você possa contar nas horas mais difíceis não almeje tanto a farra assim como os outros, você acha que ele merece menos respeito que os outros? Tente lembrar de tudo que lhe falei a respeito de certas atitudes suas, para que você comprove para sua própria pessoa que mesmo que você não admita por uma insegurança irracional ou qualquer que seja o motivo, nós somos incomparavelmente e irremediavelmente amigos sem precedentes na nossa auto vivencia separadamente. E descobrirás que para ser aceito em sociedade basta ser você. E que sendo assim não mais necessitarás de ser o reflexo da cobiça alheia. E com isso irás atrair para perto de ti pessoas que realmente te respeitem e te valorize pelo que você é, e não limitando- se apenas as gargalhadas e farras. Pois quem é amigo de verdade não encobre as dúvidas a respeito do outro, fala o que pensa, mais respeita, desabafa, ouvi e orienta e não se faz de rogado no primeiro sinal de imparcialidade, mas sempre coloca em foco um bom diálogo para reflexão, para que as sim atinja conseqüentemente o consenso benéfico e recíproco para ambas as partes no ciclo espiritual, mental e físico restabelecendo o equilíbrio para o contínuo e interminável aprendizado entre almas afins, amigas.

Flávio Roberto Sobral Delgado

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