sábado, 27 de outubro de 2012

Mão dupla

O amor é a alquimia dos sentimentos; é o ápice da construção das constituições neuronais, definidas por similaridades e peculiaridades passadas e presentes (e essa regra independe de sexo,idade, crédulo ou raça). Ele é personificado e destinado no demonstrar ou sentir. Ou ambos ao mesmo tempo. Sim, porque nem sempre quem demonstra, ama e nem sempre quem, ama demonstra.

E se o amor deixa burro ou deixa cego, como muitos creem ou querem crer, para manter uma pose boêmia ou poética, eu os pergunto: se o amor fosse cego, a paixão das nossas mães não nos sufocaria? Ou se amor é cego, e Deus para quem crê, é todo misericordioso e puro amor, como ele faria: construiria tudo que ele fez. Ele nos faria escravos como a paixão faz com tantos corações. Para mim, a paixão existe por dois propósitos: descobrir a si mesmo, combinar e definir, aprender o significado ao extremo do que é auto controle, e como o elixir do amor, para que a razão se sobressaia, e ai sim, o amor surja. Uma dose de loucura de um e a serenidade do outro se faz necessário. Os sentimentos momentâneos, com pólos diferentes, se atraem, complementam, como um tipo de magnetismo fluente. Se quem sente não luta contra ele, mas o absorve, assimila e compartilha. Equilíbrio, este terá sempre que ser reavaliado por ambos: marido e mulher, pais e filhos, irmãos e enteados, amigos e conhecidos para um momento, um dia, uma hora que será perceptivamente sentida, e por fim, reconhecida. Que a união de um para com o outro não é um simples acaso, uma coisa banal.

Flávio Roberto Sobral Delgado

domingo, 21 de outubro de 2012

Associacionismo

O sabor da cereja deleita-se na saliva de quem deseja: se sujeitar ou mandar ser passivo ou ativo, mandar ou obedecer, ceder ou defender-se. A consequência destas ações e inúmeras interpretações dão margem a uma suposta sentença a passos largos até a teia que, para alguns, pode significar ou agir como algo que o liberta, e para outros, é algo que os aprisiona de alguma forma, seja ela física, mental, moral ou espiritual. Instalasse uma dependência por uma troca de fluídos, química, e em seguida, abstinência para um e o despedir do outro, como se nada ali não tivesse passado de uma utopia, que ao passar o efeito, tudo era defeito .


O indivíduo seduzido entrega-se por completo. A vulnerabilidade é indisfarçável. Doce sedução e a perigosa aceitação da situação faz com que consequentemente a linha tênue entre pensar e agir pareça estreitar-se cada vez mais. E em último lugar, estância deste ranking disputadíssimo de concepções, acepções e acessões, fica a razão solitária igualável com a mente de uma pessoa com Mal de Alzheimer. Pulsação acelerada, atrito, calor... Pensar não, sabor sim, agir sem pensar sim, consequência sentença, adrenalina sim, incendeia até a última ponta, e quando apaga, cabe a parceria de um para com o outro; o amor surgir, florescer e resguardar. Manter viva esta chama quase inexistente ao relacionar-se há tempos e que ela se perdure por mais tempo, uma vida. A paixão de se apaixonar por querer teu bem querer sempre querendo te querer, teu bem querer e tu o querendo ao anoitecer, ao amanhecer e ao entardecer: tato, afeto e cumplicidade. Esse fogo, essa química a que os atraiu inicia-se primeiramente com este exemplo, analogia da qual descreverei: Primeiro usa-se o isqueiro: fácil e prático para acender, para atiçar a vontade do quero mais; Que isto que sentimos nunca termine. Mas, isso não tem gás suficiente para uma vida! Depois o sereno apaziguamento, consequentemente o amadurecimento, e por último, mas não o fim, a serenidade. Esta terá que ser sempre conquistada. Como as pedras que são frias, separadas, mas que com o atrito se complementam o suficiente para que um elemento extraia e em harmonia converta-se em energia, proporcional, para atingir a completude de um momento e a eternidade na sabedoria por toda a história. Assim é o amor; para que aprendas a manter a chama, tens que reaprender a extrair tal elemento para que os aconchegue, aproxime. E assim, com essa descoberta, e o elemento extraído, a harmonia presente irá atingir a completude do momento, que irá se converter em energia e propagar-se por toda sua vida.


Associacionismo!!



Flávio Roberto Sobral Delgado

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

A solidão é uma ótima oportunidade para se encontrar. Façam bom uso dela.


Bruce Lee