domingo, 18 de abril de 2010

Simplesmente amor verdadeiro e recíproco









Meu amor declama:
"Tenho fases como a lua...
fases de ser minha, fases de ser tua..."
E eu declamo o esclareçimento: Minha, você sempre será e eu fui, sou e sempre serei só seu!!!!!!!!!!!!!!!!!! Mas nunca no sentido de posse, mas sim pelo amor e respeito que temos por si mesmos, e um pelo outro. Assim como o amor apaixonante de Lorenzo e Luna . Sem narcisismo e machismo. Só pelo genuíno fato do reconhecimento de almas. Lorenzo se vê em Luna; Luna em Lorenzo. Pelos olhos da alma não corrompidos.

Flávio Roberto Sobral Delgado

sábado, 17 de abril de 2010

Viva Chico Mendes


No paraíso habita a deusa Alegria Serena. Mas para o paraíso só há um caminho: a de uma vida bem vivida. Em cada peça desse teatro vivido de amor, banalizações, compaixões, retaliações, guerras gregas e troianas, nazistas e fascistas, em idas e vindas destas alquimias, a sociedade se debate repugnantemente . Ou se agarra a um sistema alienativo. Os nativos eram a esperança de um povo ainda não contaminado por toda essa chuva tóxica. Mas de um tempo para cá, as suas mentes foram atrofiadas harmoniosamente à auto degradação em sua maior riqueza e virtude, a paz de espírito em toda uma sistemática convidativa e arborizada. Substituída por casa, pregos e metrôs; compras, vendas e prostituições . Mas em cada tribo a um que não tem algodão no lugar do cérebro. E mostra ou tenta mostrar para os outros a única massa cinzenta que é natural e benéfica para não se corromperem ainda mais ao permitirem que sejam leiloados como peças em exposição... Estes são revolucionários que visam um paraíso para cada chão e punhado de terra . Reconhecimento não, auto reconhecimento sim, para assim vir as reconciliações e automaticamente o reconhecimento. Este é o segredo de uma vida bem vivida para uma autêntica despedida. E a contemplação da alegria serena no coração e na alma daqueles que a tenham.

Flávio Roberto Sobral Delgado

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Filósofos amantes de Luna

Imprescindível para uma noite em nada sumária de inspirações, loucuras e atualizações cerebrais. Receptor cérebro a todo vapor para analise de informações adquiridas ao longo do dia pelo tato, olfato e paladar. E a sensitividade aflorada na conectividade para uma fluência entre um satélite natural e um cérebro humano, aprendendo a ser racional.



Flávio Roberto Sobral Delgado

terça-feira, 13 de abril de 2010

Autoridade dourada e fascista


"O sucesso do gaúcho Marcelo Dourado junto às audiências do BBB10 levanta um problema fundamental da vida humana: o desejo - às vezes inconsciente – da maioria por autoridades perversas. A autoridade perversa é, segundo a psicanálise, aquela inevitavelmente masculina, narcisista, pesada, auto-interessada, arbitrária e, quase sempre, tirânica. E esse tipo de autoridade tem um apelo misterioso junto às massas.

Freud já tinha dito que nós, seres humanos, temos uma espécie de fome de dominação e de ordem que se acentua nos momentos em que a vida nos parece desordenada e confusa. Partindo dessa proposição freudiana, é possível dizer que a presença dos “coloridos” e de seus simpatizantes no BBB10 e suas “licenciosidades” ou “libertinagens” perturbaram as audiências heterossexuais e tradicionais. É como se o fato de o programa abrigar um “sapatão”, uma drag queen e uma “bicha” andrógina pós-adolescente, bem como uma desinibida dançarina de boate, uma policial militar boquirrota e que se diz sexualmente desenfreada e um judeu editor de pornografia; é como se o fato de o programa abrigar essa fauna diversa ameaçasse os valores morais das audiências heterossexuais e zelosas da família tradicional; como se derrubasse suas certezas e mergulhasse suas vidas interiores num caos.

Por isso, Marcelo Dourado, ao se opor explicitamente à “licenciosidade” dos coloridos, emergiu como o líder de caráter fascista, que satisfaz a vontade geral de ordem e segurança. Quando as pessoas são assoladas por dúvidas, esse tipo de líder traz a segurança da “verdade”; do que é “verdadeiro” e “certo”, logo, confortável. Não por acaso Dourado cresceu na preferência dessas audiências depois da afirmação de que homens que transam apenas com mulheres não se infectam por HIV, o vírus da AIDS. Nada mais confortável para uma maioria ameaçada por uma doença ainda incurável que saber que a mesma não lhe pode atingir, mas, apenas aqueles cujos modos de vida ela reprova, ou seja, os homossexuais. Essa afirmação de Dourado é equivocada e preconceituosa, é claro, mas, o líder fascista também se caracteriza por carisma capaz de levar as massas a engolir mentiras como se fossem verdades. Líderes assim são especialmente atraentes para jovens e mulheres, que são a maioria entre as audiências do BBB.

Dourado encarna a totalidade das aspirações da maioria heterossexual, mesmo que as audiências que lhe apóiam não estejam conscientes dessas aspirações (com certeza não estão, por isso, é que procuram justificar seu apoio ao gaúcho e sua identificação com a homofobia do mesmo no fato de ele “dizer as coisas na cara, mesmo as mais desagradáveis”).
Dourado tem as características daquele “ridículo tirano” a que Caetano Veloso se refere na letra de Podres poderes, ou seja, é tirano, mas, é passível de provocar riso. Há, por exemplo, quem ache muita graça em vê-lo arrotar à mesa. Aliás, não foi sobre Caetano Veloso que Marcelo Dourado disse que gostaria de vomitar? Sintomático.. .

Esse tipo de líder permite alguns excessos, mas, sob certas condições prescritas. Por exemplo, Dourado tolera as excentricidades de Serginho desde que ele não fale de suas relações sexuais nem se oponha deliberadamente à ordem heterossexual que ele defende. Ora, é fácil tolerar um gay quando ele tem homofobia internalizada, é despolitizado, está reduzido ao estereótipo da “bicha louca” e, por isso mesmo, justifica a opressão que a maioria heterossexual exerce contra os homossexuais. Logo – e entendam isso de uma vez por todas - o gaúcho não deixa de ser homofóbico por causa dessa aproximação com Sérgio, muito pelo contrário.

Como eu sei que todo líder fascista é auto-interessado, eu não me deixei seduzir pelos elogios de Dourado à minha pessoa, afinal, ele sabe que eu gozo de alguma popularidade e prestígio, logo, não me criticaria abertamente; ao contrário, principalmente quando há um milhão e meio de reais em jogo. Por essa grana, ele sempre faz o jogo de “assoprar depois de morder”, ou seja, de posar de bacana depois de uma cena de fúria homofóbica, como naquela em que xingou Dicésar de “viado”, ressaltando, nesta palavra, toda sua carga negativa (sem contar que oposição “viado” versus “homem”, presente em sua frase para Dicésar, é típica da estupidez homofóbica e machista de quem não quer ver ou finge não saber que todo “viado” também é homem; alguns são até mais homens que o próprio Dourado, no sentido de que sabem conviver com os diferentes e respeitá-los verdadeiramente, sem interesses).

Sua ascensão é parte da histórica necessidade que a maioria tem de verdade, de ordem, de lei e de rei. Mas, ao mesmo tempo, essa necessidade pode resultar na destruição de méritos importantes dos seres humanos, como a democracia, as liberdades civis e o direito de livre expressão das sexualidades e de outros modos de vida que não aqueles celebrados em comerciais de margarina. E por que venci a quinta edição mesmo sendo gay assumido? Ora, porque todas as minhas outras qualidades ficaram maiores que a minha orientação (era como se as pessoas desculpassem o fato de eu ser gay por ser, ao mesmo tempo, honesto, íntegro, bom e inteligente) ; porque eu era o único em um grupo majoritariamente heterossexual, logo, não representava uma ameça às audiências; e porque minha história de vida se parece com a de todo brasileiro que vence a pobreza através da educação; e porque eu apenas disse que era gay, não vivi minha sexualidade (e foi me comportando assim que consegui negociar minha permanência). Ficou difícil torcer contra mim. No BBB10, a maioria das audiências encontrou as condições ideais para voltar à velha homofobia."

Jean Wyllys

A sabedoria está na semente



A sabedoria foi descoberta por um ser sabiamente criado,que quando adulto, tinha a consciência da sua germinação contínua para uma próspera aplicação de razão e proporção. E a estupidez humana, por sua vez ,não proveio de uma semente, mas sim de um suposto amadurecimento com e por padrões hipócritas. ( Sim, a estupidez humana não foi descoberta por aqueles que há adquiriram, mas por aqueles se propuseram a estudá-la). Para sabedoria há uma didática. Já a estupidez, presumo que é uma condição pela alienação dos fatos, em cada ano que completamos. Ao nascermos, somos genuinamente sábios. Mas com o tempo, esta genuína sabedoria vai se deteriorando pelas intervenções das pessoas já contaminadas pela cólera. Por essa cólera incessante do dia a dia que domina de forma arrebatadora na infância e que na fase adulta denominamos conformistas, se agravando rente pra hipocrisia.
E ao expandirmos isso na forma deplorável do pensar, sem discernimento, com asquerosidade e voluptuosa nos tornamos intolerantes, inseguros, violentos e hipócritas. E é por este motivo que muitas vezes sentimos essa repentina sensação de vazio, incomplenitude e irritabilidade. E com isso nos colocamos em um eterno estado de investigação... À procura de uma satisfação que nasce e que se põe todos os dias. Mas continuemos à sua procura, com a finalidade de nos sentirmos verdadeiramente acolhidos, e que assim, preencha as nossas individualizações, rejeições e auto contaminação a que fomos expostos, e pela qual ,não nos indignamos no primeiro sinal de razão, para com nós mesmos, pois quando tudo indicava que havia algo de errado, ao invés de encararmos, tapamos nossos olhos e ouvidos, para sermos uma mera estatística no aumento de produção de ovelhas. É por nossa auto alienação que vivemos nesta eterna busca pelo equilíbrio. Quando crianças queremos ser adultos, e quando adultos queremos ser crianças. A verdade é que por toda uma vida, queremos resgatar e reaprender a ter aquela genuína sinceridade de um bebê, no sorrir e no chorar, e na arte da curiosidade do saber.

Flávio Roberto Sobral Delgado

O sistema

Às vezes chego a temer que nossos heróis, que tanto lutaram pela liberdade de expressão, tenham lutado em vão, pois em pleno século 21 ainda vemos muita omissão.


(Será que existe maior falta de reconhecimento do que este?)





Flávio Roberto Sobral Delgado

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Ser racional


Ser uma pessoa pacífica, não significa ser omissa. Uma pessoa pacífica é aquela que age com racionalidade, ou seja, usa o diálogo para responder as tais ofensas direcionadas a sua própria pessoa. Porém, não devolvendo estas ofensas, seja de forma branda ou enigmática. Mas dialogar no sentido de analisar, compreender, e consequentemente, aprender dentro da própria troca de favores, entre ofensor e ofendido. E desta forma mostrando que o ofensor é uma ofensa para si mesma. E quanto ao ofendido que nem sempre interpreta orgulho com ignorância que deva ser retribuída. Fisicamente ou oralmente, e que na condição de animais racionais procuremos agir como tal.

Flávio Roberto Sobral Delgado