sábado, 28 de novembro de 2009



Fortes ventos que sopram ao relento
trazendo assim a umidade da noite
para os desabrigados
Desabrigados que não brigam por gados
Gados, para que brigar por gados?
para ter o agrado dos ingratos?
Os ingratos não agradam nem os próprios gados que os alimentam
porque haveria de nos agradar?
Para demonstrar uma falsa gratidão
Quem é falsa?
Falsidade ou gratidão?
A falsa é uma infértil crença da ingratidão
Deus deu o que eles tem
Mas um dia passaram fome e não tinham onde morar
Passaram por maus bocados, como nós
Mas mesmo assim não aprenderam
E assim quando chega a hora de repartir o pão para com os mais necessitados
é um mísero pedaço envenenado
Já fiz a minha parte, dei o fora daqui
Daqui para fora eles já vivenciaram como nós
estamos vivenciando o agora
mas quando chegar nossa hora, meu filho
de estarmos na nossa casa
espero que você e o seu velho aqui
daqui para este dia
tenhamos terminado esta lição
dentre tantas outras da vida
e assim construíremos o nosso próprio rebanho


Flávio Roberto Sobral Delgado


domingo, 22 de novembro de 2009




Só Para Loucos
Ventania
Só para loucos, isso é só para loucos...Caretas não!Só para loucos, isso é só para loucos...Caretas não!
Colhendo cogumelos na varanda de cristalA avenida paralela toma forma de aspiralColhendo cogumelos pra fazer um chá legalFicar muitcho louco curtindo um visual
Só para loucos, isso é só para loucos...Caretas não!Só para loucos, isso é só para loucos...
Confesso abestalhado nunca vi nada igualO banheiro era um refúgio, recanto espiritualLá em cima no instante que eu guardava livros raros,em cima da mesa, perto do vaso
Só para loucos, isso é só para os pérosSó para loucos, isso é só para os loucos
Colhendo cogumelos na varanda de cristalA avenida paralela toma forma de aspiralColhendo cogumelos pra fazer um chá legalFicar muitcho louco curtindo um visual
Só para loucos, isso é só para loucos...Caretas não!Só para loucos, isso é só para loucos...
Colhendo sempre flores do espaço do universo,espinhos do destino fazem parte dos meus versos
Só para loucos, isso é só para loucos...Caretas não!Só para loucos, isso é só para loucos...Aháa rá rá rá !




sábado, 21 de novembro de 2009















és o meu tormento, minha dor e insanidade presente e dos meus antepassados, passados por mim.

Por mim em si e em minhas vidas passadas. Não retardarei falar que te amo e sempre te amarei. Mas a única coisa que suplico é pelo tormento, pela dor e a insanidade.
Pois só assim saberei manter as minhas chamas vivas e com o tempo doutriná- las.












Flávio Roberto Sobral Delgado

sexta-feira, 20 de novembro de 2009



Dia da consciência negra.
Se eu fosse negro usaria a palavra orgulho com tranquilidade.
Mas já que não sou, prefiro usar de outras terminologias para demonstrar a minha satisfação comigo e para com meus irmãos.
Flávio Roberto Sobral Delgado

Dia da conciência negra.



Mabelita minha libelula infinita...
Infinita, libertaria sempre na ativa.
Ativista, companheira e jornalista.
Com amor paixão e sabedoria pelas causas anarco-feministas.

Não provocando anis tia.
Mas sim igualdade socialistas.

Flávio Roberto Sobral Delgado


Morte


A morte para quem deseja.
Deseja quem suplica pela morte...
A quem suplica pela morte.
E pela morte que deseja.
Deseja-a porque?
Se podemos viver...
Viver para aprender.
Viver para ver o que deixamos de viver.
Para não ver a realidade...
Realidade esta que muitos fazem questão de não analisar e conseqüentemente não compreender.
Compreender que não devemos ir em busca da morte. Principalmente, da maneira que vemos a morte. Pois a morte não é a principal culpada do fim. Mas foi principalmente o fim que, nós animais racionais, definimos para a morte. Quando chega a hora da morte; ''morremos" para esta vida... Mas acordamos em outra, para que assim possamos chegar ao nosso ponto de chegada e de partida. E desta forma, passamos a ter consciência, que partimos para uma nova jornada. "Morte, o seu significado é: cessação definitiva da vida... Da vida não, desta vida. Vida esta em que estamos.
Em que estamos para viver... Viver e reviver tudo o que há para viver, analisar e compreender.

Quando vivermos o bastante para analisar e compreender a metade do que esta a nossa volta,
mas acima desta primeira análise e compreensão... Analisar e compreender além dos fatos. Fatos estes de vários fatores e dimensões que não deverão te desestimular, mas sim, te auto estimular para alcançar faculdades mentais mais objetivas, claras e com autenticidade... Do eu interior e em sociedade. E assim veremos que a morte nada mais é do que uma enciclopédia... Uma metamorfose. Para nós e para os outros seres. A morte representa a continuidade de um livro.
Páginas em branco prontinhas para serem respondidas. Respondidas!? As perguntas lá continuam e anseiam por respostas. Talvez essa seja a essência das nossas ansiedades e frustrações, para um novo despertar. Vida esta que terás mais sensibilidade ao analisar e a compreensão de um belo vinho do porto mas encorpado da adega. Porque antes desta tentasse analisar e compreender aquela. E esta irá te preparar para ir em busca da outra, da outra consciência. Ou melhor, da mesma consciência, sendo que mais evoluida. E descobrirás que há motivos mais significativos para temer do que a morte... Temer por não ter respeito por si mesmo e automaticamente com os outros. Se mortificas as pessoas é na tua alma que as marcas irão te psicomatizar por algumas gerações. Por quantas gerações? Só depende de você!

As perguntas lá estão o registro das respostas também. Mas, não lembramos é uma forma inconsciente de recomeçarmos.
Flávio Roberto Sobral Delgado

quinta-feira, 19 de novembro de 2009





Tenha o tempo sempre como um aliado. Não tema por si e nem tema pelo que virar... Mas tema pela consciência daquilo que está fazendo mesmo sabendo que está errado.



Flávio Roberto Sobral Delgado



terça-feira, 17 de novembro de 2009



As almas mais obscuras não são as que escolhem existir no inferno do abismo.Mas sim aquelas que decidem fugir dele e vagar silenciosamente entre nós.

--Dr.Samuel Loomis



Além da imaginação

está o inimaginável.

E antes da imagináção!?

Está o imaginário.

Aquele que vê, escuta ou oculta algo...

Para que assim possa imaginar.

Flávio Roberto Sobral Delgado

M & F

Primariamente me expressei de forma acentuada que de nada sei...Só sei que o bem querer é mais afetuoso que querer.
Afetuoso por não querer só para mim...Mas para todas aquelas pessoas que compartilhavam de um mesmo sonho. Na puberdade já desejava encontrar uma pessoa que não constasse nos laços familiares para amar. E ai, surgem os bons e velhos amores, panoramas, que para um platônico é um suspiro...Suspirei e conseqüentemente cheguei ao platonismo.Vivenciei intensamente, me entreguei de corpo e alma, no melhor sentido da palavra, explorei ao máximo do que outro poderia suportar .O meu suporte era o meu inconsciente que lá, metaforicamente, estava domesticado e fervorosamente predestinado a encontrar um grande amor.E encandeado permaneci por um bom tempo...Tempo suficiente para que o crepúsculo se desvanecesse e progressivamente a intensidade dos sons do meu ego se iluminasse, pois ao olhar para o céu e ao ver a lua crescente, uma lágrima escorre pela minha face me mostrando a realidade e realizando assim verdadeiramente o meu sonho de puberdade.



Meu coração é seu Mabelita


Flávio Roberto Sobral Delgado.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009


Passa passarinho que passa a passarelar nas passarelas, vias aéreas da vida mas passarinho que passa para o passo adiante não deixa o passado passar como se fosse uma passagem em branco



Flávio Roberto

Retrospectiva do EU


No único, me sinto só

Na união, me sinto solitário

Não me lembro, uma única vez, que não tenha me sentido assim

Num único presente momento só existia aquela pessoa

Na união eu só enxergava aquela pessoa

Não me lembro uma única vez de não me sentir assim

Mas descobri o porquê de me sentir tão só

Estando sozinho ou ao lado de muitos

Ao estar sozinho, o espelho fazia questão de mostrar isto para mim

E quando eu me encontrava ao lado de muitas pessoas

que olhava para algumas delas, era como se estivesse no meu quarto

e aquele velho espelho tivesse com tamanho desproporcional

em relação as paredes que o mantinham suspenso nelas

E ao observar isto, eu pensei: Não importa onde eu esteja,

esteja trancafiado num quarto ou numa festa agitada

e assim tudo começou a fluir

Disse para mim mesmo: a partir deste momento,

não vou só sentir, mas analisar e compreender o que estou sentindo

E deste dia em diante, mostrei para o meu eu interior

quem dominava quem ali

e desta forma fiz uma espécie de retrospectiva na minha vida

Ao ver aquilo, eu disse: nossa, como os cegos são sábios!

e os cegos de alma são cegos, surdos e mudos


Flávio Roberto

"As mães parem duas vezes: uma quando a gente nasce, outra quando a gente cresce"

CAZUZA